7 de abril de 2014

Brasil

Apostas oprimidas para Presidência do Brasil sobre surto pós-Copa do Mundo

BRASILIA
Presidente da oposição do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves fala durante entrevista à Reuters no Senado, em Brasília, 02 de abril de 2014. Neves é candidato a presidente do Brasil e promete virar a página de 12 anos de governo de esquerda. REUTERS / Ueslei Marcelino
 Presidente do opositor Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), Aécio Neves fala durante entrevista à Reuters no Senado, em Brasília, 2 de abril de 2014. Neves é candidato a presidente do Brasil e promete virar a página de 12 anos de governo de esquerda.

Crédito: Reuters / Ueslei Marcelino


BRASÍLIA (Reuters) - Aécio Neves é candidato a presidente do Brasil e promete virar a página de 12 anos de governo de esquerda.  Apesar de ser neto de um político famoso eo  líder do principal partido de oposição do Brasil, sete em cada 10 brasileiros nunca ouviram falar dele.
Imperturbável, ele diz que vai mudar depois do Brasil acaba  de ir hospedando a Copa do Mundo em julho e a corrida presidencial começa para valer na mídia brasileira.
"Os eleitores querem cada vez mais mudar, mas eles ainda têm de transferir esse desejo de mudança para um candidato da oposição, porque eles não sabem seus nomes", disse Neves.
Em uma longa entrevista à Reuters, ele delineou um programa pró-negócios para restaurar a confiança dos investidores na economia do Brasil, que estalou nos últimos três anos, nas políticas de mão pesada da presidente Dilma Rousseff.
A administração Neves, disse ele, que pretendem fazer reviver a maior economia da América Latina, a redução dos impostos, reduzir a despesa pública e reconstruir empresa agredidas estatal de petróleo do Brasil, Petróleo Brasileiro SA.
  Alguns investidores estão apostando que o senador  do centrista Partido da Social Democracia Brasileira tem uma boa chance de ganhar.
  Dilma parecia ser uma aposta segura para a reeleição em 5 de outubro na  votação, mas os mercados financeiros do Brasil subiram nas últimas semanas sobre as esperanças de que Neves, ou outro potencial candidato seja  Eduardo Campos, pode acabar com os 12 anos de governo do Partido dos Trabalhadores.
  Enquanto Dilma ainda tem mais apoio dos eleitores do que Neves e Campos juntos, seus índices de aprovação caíram devido à fraca economia do Brasil e um escândalo envolvendo corrupção na Petrobras, a companhia estatal de petróleo.
Classe empresarial do Brasil desfrutou tempos de bonança sob antecessor de Dilma e mentor Luiz Inácio Lula da Silva, mas perdeu a confiança em sua administração da economia por causa da interferência do Estado e deterioração das finanças públicas.
Para Neves, a incapacidade de Dilma para conter os gastos e o uso de contabilidade criativa para atender às metas fiscais levou a decisão da Standard & Poor semana passada fazer o downgrade do rating de crédito Brasil um entalhe.
"O desafio será recuperar a confiança perdida. Você não pode confiar em qualquer um dos números do governo mais", disse ele.
GOVERNO MENOR
  economista de 54 anos de idade, ganhou elogios por sua gestão austera como governador do estado segundo mais populoso do Brasil, Minas Gerais, e ele acredita que o mesmo remédio amargo é o que o governo federal do Brasil precisa agora.
Se eleito, ele pretende limitar os gastos do governo com o ritmo de crescimento econômico, reduzir o número de ministérios de 39 para cerca de metade, e menor um dos mais pesadas cargas tributárias do mundo, a fim de estimular o investimento.
  Para restaurar as finanças da Petrobras, empresa maior e mais endividada do Brasil, Neves planeja aumentar os preços da gasolina "sem dúvida" e acabar com a política de Dilma de subsidiar os custos de combustível para conter a inflação.  As forças políticas a Petrobras a vender gasolina em uma perda, ferindo sua linha de fundo.
"Vamos libertar  a Petrobras a partir das garras de um bando político", disse ele.  "A Petrobras é uma ferramenta para o desenvolvimento da nação. Ele não pode ser usado como uma ferramenta de política econômica para compensar o fracasso do governo para controlar a inflação."
Neves diz que está aberto ao debate sobre se concessões ou controversos novos contratos de partilha de produção são a melhor maneira de ir para explorar vastos campos de petróleo offshore do Brasil e recuperar a capacidade da Petrobras de investir e expandir a produção.
Enquanto Rousseff começou a voltar-se para os empresários privados para reconstruir a infra-estrutura em ruínas do Brasil, tais como estradas, portos e aeroportos, Neves disse que iria expandir parcerias com o setor privado para todas as áreas da economia.
Como governador duas vezes de seu departamento natal, Minas, Neves eliminado o déficit ao entregar alguns dos melhores instalações escolares e de saúde no Brasil.  Ele reduziu o número de secretarias de governo, o pagamento ligado ao desempenho para os funcionários do Estado e tomou um pagamento de 45 por cento se cortou.
Os críticos dizem que a propensão de seu partido para a venda de empresas públicas para investidores privados atende a grandes empresas e que uma administração Neves seria reverter os ganhos sociais que foram muito reduzidas a pobreza no Brasil sob Lula e Rousseff.
Neves retruca que clientelismo político e a corrupção tem prevalecido no governo federal sob o Partido dos Trabalhadores e Brasília precisa urgentemente contratar funcionários com base no mérito.
Seu avô era Tancredo Neves, um político amado que foi eleito presidente em 1985, mas morreu antes de tomar posse como o governante de retorno do Brasil ao governo civil após 21 anos de ditadura militar.
Neves tem sido ridicularizado por alguns como um playboy e bonito, com peso insuficiente para a presidência, e também criticado por não fazer uma marca no Senado. Ainda assim, ele diz que tem a coragem política para tomar as medidas de austeridade impopulares que o país precisa.
 "Posso assegurar-lhe, se eu ganhar a eleição eu não vou governar com um olho em pesquisas de opinião. Vou fazer o que tem que ser feito."
  "Infelizmente, estamos de volta para onde estávamos há 10 anos no Brasil. Ao invés de discutir a produtividade ea competitividade, estamos novamente falando sobre crise de confiança e de inflação."

(Reportagem de Todd Benson e Kieran Murray )

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