Protestos na Ucrânia continuam
Ao
mesmo tempo, na Crimeia, a Comissão Constitucional da república irá
discutir hoje um projeto de Constituição da região, cujo texto já foi
coordenado com o Kremlin (a sede do governo russo).
Atos
de protesto continuam também no leste da Ucrânia. Os manifestantes em
Lugansk já conseguiram que as autoridades ucranianas suspendessem o
assalto ao prédio do Serviço de Segurança da Ucrânia, ocupado
anteriormente por ativistas da anti-movimento pró-europeu Euromaidan. No
entanto, a principal exigência sobre a convocação de um referendo sobre
o status da região ficou sem
resposta. Aos participantes dos atos de protesto em Donetsk também foi
garantido que a sede da Administração regional não seja assaltada, mas
os manifestantes não confiam muito na promessa. Como considera
Alexander Mikhailenko, professor da Acadêmia da Economia Popular e da
Função Pública da Rússia junto do presidente da FR, não é difícil
compreender sua posição:
“Estes receios são
justificados, porque é pouco provável que a população do sul e sudeste
da Ucrânia acredite nas autoridades atuais que se denominam como governo
de unidade nacional apesar da esmagadora maioria dos seus membros
representarem regiões ocidentais, em primeiro lugar Lvov e Vinnitsa. O
leste está representado apenas por Avakov, muito impopular em Carcóvia, e
Chvaika, membro do partido Svoboda (Liberdade).
Ao mesmo tempo, Arsen Avakov,
ministro interino do Interior, prometeu que a situação no leste da
Ucrânia seja regularizada durante as próximas 48 horas. Em palavras de Avakov, tal
será feito “através das conversações ou pela força”. Se Kiev optar pela
segunda variante, as autoridades ucranianas irão abusar da situação,
disse à Voz da Rússia Oleg Nemenski, colaborador científico do Instituto
de Pesquisas Estratégicas da Rússia:
“O movimento de
resistência no sudeste só irá alastrar-se. As tentativas de apagá-lo com
repressões contra líderes e ativistas da resistência levarão ao efeito
inverso. Mesmo se as autoridades conseguirem apagar este movimento até o
fim de abril, tudo incendiará novamente e com maior força já no início
de maio, na altura das festas”.
Entretanto, a Crimeia se
prepara para aprovar uma nova Constituição. O projeto de Lei
Fundamental já foi coordenado com Moscou. O documento será discutido
hoje pela Comissão Constitucional da Crimeia e em 11 de abril – pelo
Conselho de Estado da península. Como declarou o chefe do Conselho de
Estado da república, Vladimir Konstantinov, numa reunião do Presidium do Conselho de Estado, a nova Constituição é um sério progresso para a Crimeia:
“Não
duvido que este passo impulsionará consideravelmente o desenvolvimento
da sociedade cívica na república, a esfera comercial, as relações
interétnicas e abrirá uma camada colossal de possibilidades”.
Em
particular, o projeto de Lei Fundamental sustenta que a Crimeia é um
Estado democrático de direito na composição da Rússia e que o território
da república é uno e indivisível.
Mais alguns links relativos da mesma fonte:
http://portuguese.ruvr.ru
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