Autoridades ucranianas prometem continuar operação militar no leste
"Nós não podemos anunciar essas etapas. Hoje, terminou com sucesso uma delas", acrescentou Syumar.
No
entanto, a vice-secretária expressou a esperança de que os exércitos
russos sejam realmente exercícios. "Nós também estamos prontos para
responder em caso de agressão", disse ela.
Shoigu: exército russo inicia exercícios nas áreas fronteiriças com Ucrânia
"Além disso, a aviação realizará voos para testar missões próximo da fronteira nacional", acrescentou Shoigu.
De
acordo com ele, a operação militar ucraniana contra civis no Sudeste da
Ucrânia envolve um grupo de tropas que conta com mais de 11 mil homens,
160 tanques, mais de 230 veículos de infantaria e veículos blindados,
mais de 150 peças de artilharia e um grande número de helicópteros e aviões.
Donald Tusk quer privar a Europa do gás russo
A audaciosa proposta será examinada em 25 de abril em
Berlim, numa reunião dos chefes de governo dos dois países. Quais as
perspectivas desse “combate à gasodependência”?
Em ótica
do premier polonês, uma aliança energética contra Moscou seria, talvez,
o único remédio para diminuir a dependência da Europa dos
hidrocarbonetos russos. Donald Tusk considera que tal organismo poderá
ser criado à semelhança da União Bancária Europeia. Incluirá a compra de
mais gás aos EUA e Austrália, desenvolvendo em paralelo suas próprias
fontes de energia alternativas – a hulha e o gás de xisto.
Hoje,
as importações de gás russo são responsáveis por um terço das
necessidades sumárias da UE em petróleo e gás. Manifestando “apreensões”
pelo futuro da segurança energética, os dirigentes da Europa
comunitária têm inventado vários esquemas com vista a reduzir a
dependência das importações de hidrocarbonetos russos. Mas acontece que,
nesses esquemas, predominam aspetos políticos e não económicos.
Ora,
o premier polonês propôs criar uma estrutura única que assuma a
responsabilidade pela aquisição de gás destinado aos 28 países- membros
da UE. Isto apesar de Moscou ter apontado, mais de uma vez, que as
entidades comunitárias, por exemplo, a Comissão Europeia, não são
compradores. O consórcio russo Gazprom firmou contratos com os governos
dos vários países, devendo todas as questões pendentes ser debatidos com
eles.
O carvão também foi incluído na lista elaborada
por Tusk para garantir apoio ao ramo carbonífero do seu país, assinala o
diretor do Fundo de Desenvolvimento Energético, Serguei Pikin:
“Antes
de mais, se trata da necessidade de desenvolver a indústria hulhífera,
já que a Polônia continua sendo um dos principais fornecedores dessa
matéria-prima na Europa. Devido às restrições ambientais, este setor
perdeu um pouco de peso perante outras fontes de energia. Além disso, a
Polônia compra o gás russo por um preço muito elevado. Por isso, uma das
tarefas da nova aliança seria não reduzir a dependência, mas sim tentar
pressionar Moscou para que ela diminua o preço do gás”.
O
perito salienta ainda que a Polônia não dispõe de outros meios para
negociar o preço de gás: o país não compra gás em grandes quantidades,
se compararmos com as empresas alemãs. Daí, o surgimento dos interesses
“comuns” e, ao mesmo tempo, comunitários.
O plano de
Tusk prevê ainda a criação de um mecanismo específico que garanta a
continuidade do fornecimento de produtos energéticos. “Independentemente
dos acontecimentos na Ucrânia, uma lição a tirar é que uma dependência
excessiva vem enfraquecendo a Europa”, aponta Tusk. Aqui convém notar
que a Rússia parece dispensar mais cuidado às necessidades energéticas
do Velho Mundo: foi por essa razão que se planejaram os oleodutos North
Stream e South Stream, que não passam pela Ucrânia. Porém, Bruxelas tem
envidado esforços para impedir a construção do South Stream.
Tal
enfoque não parece muito sensato do ponto de vista económico: se o
volume de gás for maior e os riscos de seu fornecimento forem menores,
será mais fácil negociar o preço com a Rússia. No entanto, tal lógica
não é aceite na Europa, guiada pelos Estados Unidos, que são ricos em
gás de xisto, constata Alexander Pasechnik, do Fundo Nacional de
Segurança Energética:
“Como sempre, Tusk quer agradar
aos EUA e, sobretudo, agora quando se debate a questão de cancelamento
das importações russas e as vias de sua eventual substituição. Mas, na
realidade, tal programa não funciona apesar de ter entrado numa fase
ativa, prevendo a substituição da Gazprom nos mercados do Velho Mundo.
Em 2013, houve mais importações. A Europa não pode passar sem o gás
russo. Antes pelo contrário, se verifica uma tendência inversa. Os
programas de diversificação estão marcando passo contra a vontade dos
seus autores.
Isto acontece por uma simples razão: não
há agentes energéticos “internos” que possam vir a relançar a economia
europeia. Sim, existe a Noruega, cujos fornecimentos podem ser
equiparados ao volume das importações a cargo do Gazprom. Mas Oslo
anunciou não ver fundamentos para aumentar a extração. Quanto às compras
de gás liquefeito, o seu preço ao consumidor será semelhante ao atual –
cerca de 380 dólares por mil metros cúbicos. O gás australiano poderá
custar mais, em função dos gastos com o seu transporte. Por isso, as
declarações de que a “aliança de Tusk” poderia solucionar o problema da
dependência da Europa de gás russo não correspondem à realidade.
Os
peritos russos, citados pelo Observatório Energético, afirmam que a
suspensão das importações de gás terá consequências dolorosas para os
consumidores europeus. A Europa terá de passar ao uso de carvão e de
derivados de petróleo mais dispendiosos. Os preços de gás no mercado
europeu conhecerão uma dupla subida, podendo aumentar para 800 dólares
por mil metros cúbicos.
Alguns países estão a par desse
cenário desagradável. Por exemplo, a Bulgária e a Áustria, para os
quais os acordos intergovernamentais com os parceiros russos, concluídos
no âmbito do South Stream, se revestem de maior importância que os
desígnios utópicos de Bruxelas.
Outros links da fonte:
Leia mais: http://portuguese.ruvr.ru
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