10 de abril de 2014

Leste da Ucrânia continua sob tensão e protestos

Protestos na Ucrânia continuam

Ucrânia, política, crise

No leste da Ucrânia – em Donetsk, Carcóvia e Lugansk – continuam manifestações a favor da federalização, cujos participantes exigem organizar referendos sobre o status de suas regiões.

Ao mesmo tempo, na Crimeia, a Comissão Constitucional da república irá discutir hoje um projeto de Constituição da região, cujo texto já foi coordenado com o Kremlin (a sede do governo russo).
Atos de protesto continuam também no leste da Ucrânia. Os manifestantes em Lugansk já conseguiram que as autoridades ucranianas suspendessem o assalto ao prédio do Serviço de Segurança da Ucrânia, ocupado anteriormente por ativistas da anti-movimento pró-europeu Euromaidan. No entanto, a principal exigência sobre a convocação de um referendo sobre o status da região ficou sem resposta. Aos participantes dos atos de protesto em Donetsk também foi garantido que a sede da Administração regional não seja assaltada, mas os manifestantes não confiam muito na promessa. Como considera Alexander Mikhailenko, professor da Acadêmia da Economia Popular e da Função Pública da Rússia junto do presidente da FR, não é difícil compreender sua posição:
“Estes receios são justificados, porque é pouco provável que a população do sul e sudeste da Ucrânia acredite nas autoridades atuais que se denominam como governo de unidade nacional apesar da esmagadora maioria dos seus membros representarem regiões ocidentais, em primeiro lugar Lvov e Vinnitsa. O leste está representado apenas por Avakov, muito impopular em Carcóvia, e Chvaika, membro do partido Svoboda (Liberdade).
Ao mesmo tempo, Arsen Avakov, ministro interino do Interior, prometeu que a situação no leste da Ucrânia seja regularizada durante as próximas 48 horas. Em palavras de Avakov, tal será feito “através das conversações ou pela força”. Se Kiev optar pela segunda variante, as autoridades ucranianas irão abusar da situação, disse à Voz da Rússia Oleg Nemenski, colaborador científico do Instituto de Pesquisas Estratégicas da Rússia:
“O movimento de resistência no sudeste só irá alastrar-se. As tentativas de apagá-lo com repressões contra líderes e ativistas da resistência levarão ao efeito inverso. Mesmo se as autoridades conseguirem apagar este movimento até o fim de abril, tudo incendiará novamente e com maior força já no início de maio, na altura das festas”.
Entretanto, a Crimeia se prepara para aprovar uma nova Constituição. O projeto de Lei Fundamental já foi coordenado com Moscou. O documento será discutido hoje pela Comissão Constitucional da Crimeia e em 11 de abril – pelo Conselho de Estado da península. Como declarou o chefe do Conselho de Estado da república, Vladimir Konstantinov, numa reunião do Presidium do Conselho de Estado, a nova Constituição é um sério progresso para a Crimeia:
“Não duvido que este passo impulsionará consideravelmente o desenvolvimento da sociedade cívica na república, a esfera comercial, as relações interétnicas e abrirá uma camada colossal de possibilidades”.
Em particular, o projeto de Lei Fundamental sustenta que a Crimeia é um Estado democrático de direito na composição da Rússia e que o território da república é uno e indivisível. 


Mais alguns links relativos da mesma fonte:

APCE condena Rússia pela integração da Crimeia 
No Sudeste da Ucrânia não há agentes da Greystone, assevera John Kerry

 http://portuguese.ruvr.ru

Nenhum comentário: