13 de dezembro de 2017

Recusa de nações islâmicas aos EUA como mediadores da paz no O.Médio

Nações muçulmanas dizem que não consideram os EUA um intermediário da paz no Oriente Médio

POR JULIA MANCHESTER - 13/12/17 10:03 EST


Um grupo de líderes de nações muçulmanas declarou na quarta-feira que os EUA não seriam mais considerados corretores da paz no Oriente Médio na sequência da decisão do presidente Trump de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel.

A Organização de Cooperação Islâmica de 57 membros anunciou em um projeto de declaração obtido pela Reuters que o movimento de Trump sobre a capital israelense era um sinal de que os EUA estavam recuando seu papel na consecução da paz entre israelenses e palestinos.

O projeto também declarou que Jerusalém Oriental era a capital palestina e exortou outros países a "reconsiderar" seu reconhecimento de Israel devido às suas políticas em relação aos palestinos, de acordo com a Reuters.

"Pedimos às nações do mundo que reconsidere seu reconhecimento de Israel por sua conduta em relação aos palestinos e sua destituição de decisões da comunidade internacional com o apoio dos Estados Unidos", disse o projeto.

O movimento ocorre quando os membros da organização se convocam durante uma reunião de emergência na Turquia sobre a decisão dos EUA, que a Trump anunciou na semana passada.

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, anunciou na quarta-feira que os palestinos não aceitam mais um papel dos EUA no acordo de paz do Oriente Médio.

A decisão de Trump provocou agitação na região, com palestinos que vêem Jerusalém Oriental como a capital de um futuro estado palestino.

A comunidade internacional, incluindo os EUA, manteve suas embaixadas em Tel Aviv. Trump anunciou que sua administração iniciaria o processo de mover a embaixada dos EUA para Jerusalém.

Os EUA já desempenharam um papel importante nas negociações de paz entre israelenses e palestinos.

A administração Trump tinha feito um objetivo para alcançar a paz entre as duas facções, despachando o genro do presidente e o assessor da Casa Branca, Jared Kushner, para liderar um plano para promover a paz na região.

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