Turquia acumula forças em Idlib antes da ofensiva de Damasco
A Turquia enviou comboios de tropas para a província, apesar de o ministro da Defesa ter dito que uma operação militar arrastaria o enclave em direção ao desastre.
A Turquia enviou comboios de tropas para reforçar sua presença na província síria de Idlib, a única fortaleza terrorista remanescente no país, segundo um relatório do Haaretz. Os reforços vêm apesar das recentes advertências do ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, contra uma solução militar.
Akar disse durante uma reunião com embaixadores estrangeiros na quarta-feira que uma operação militar arrastaria a região em direção a uma catástrofe humanitária, informou a agência de notícias Anadolu.
"Estamos trabalhando com a Rússia, o Irã e outros aliados para trazer paz e estabilidade e impedir uma tragédia humanitária", disse Akar, segundo Anadolu.
O Haaretz citou ativistas do Observatório Sírio para os Direitos Humanos, com sede na Grã-Bretanha, que informou no início da semana que um comboio de forças turcas entrou na província a partir da passagem de Kfar Lusin no norte de Idlib e se mudou para alguns dos 12 pontos de observação turcos espalhados pelo país. fronteira da província.
Outro grupo de monitoramento, a Estação Central de Intervenção Turca, filmou um vídeo de veículos blindados e tanques dirigindo por uma estrada de Idlib.
Ambos os grupos afirmaram que o comboio estava indo para dois pontos de observação diferentes. Ankara ainda não comentou os relatórios.
Os militares turcos enviaram 12 pontos de observação que fazem parte do acordo de desescalada alcançado com a Rússia e o Irã no ano passado, que visava congelar as linhas de conflito, tornando efetivamente Ancara o protetor da província, segundo o Haaretz.
Nas últimas semanas, o governo sírio acumulou forças ao sul de Idlib e recentemente lançou uma campanha maciça de bombardeio contra posições terroristas. No entanto, o bombardeio morreu nas últimas 24 horas, o que alguns vêem como um sinal de uma próxima operação terrestre.
Em 11 de setembro, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, publicou um artigo no Wall Street Journal, no qual ele escreveu que "o mundo teria responsabilidade" por não agir para impedir a ofensiva de Idlib e a catástrofe humanitária que deveria seguir inevitavelmente as forças armadas. Operação.
"Todos os membros da comunidade internacional devem entender suas responsabilidades como o ataque ao Idlib. As conseqüências da inação são imensas", disse Erdogan.
Os Estados Unidos, de maneira similar, emitiram um alerta para a Rússia na quarta-feira de que Moscou "seria responsável" pela "crise humanitária" que ocorreria se as forças sírias atacassem o enclave terrorista.
Em agosto, o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, também afirmou que uma operação militar em Idlib seria um "desastre, não apenas para a região de Idlib, mas um desastre em termos do futuro da Síria", durante uma reunião com seu colega russo, Sergey. Lavrov.
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