Confrontos entre forças da Armênia e do Azerbaijão deixam mais de 30 mortos
Governos dos países trocaram acusações ao explicar início de conflito em região que foi alvo de disputa nos anos 1990
Pelo menos 30 soldados e um menino morreram quando pesados combates eclodiram neste sábado (2) entre as forças da Armênia e do Azerbaijão sobre a região de Nagorno-Karabakh.
Nagorno-Karabakh é um enclave de etnia predominantemente armênia que fica dentro das fronteiras do Azerbaijão e foi tomado pela Armênia durante uma guerra de seis anos que terminou com um cessar-fogo em 1994. Os dois lados são separados por uma zona tampão desmilitarizada, mas pequenos confrontos eclodem com frequência.
O presidente da Armênia, Serzh Sargsyan, disse ao conselho de segurança nacional que 18 soldados armênios foram mortos e 35 feridos. Mais cedo, a Armênia disse ter infligido baixas às forças do Azerbaijão, mas não havia informado números.Cada lado culpou o outro pela violência. Em comunicado, o ministério da Defesa do Azerbaijão disse que 12 de seus soldados foram mortos em ação. Um helicóptero do país foi derrubado e um tanque foi destruído por uma mina, acrescentou o comunicado. A nota dizia ainda que mais 100 militares armênios foram mortos ou feridos e que seis tanques e 15 posições de artilharia foram destruídos.
David Babayan, um porta-voz do presidente separatista de Nagorno-Karabakh, disse que um menino de cerca de 12 anos foi morto e duas outras crianças ficaram feridas em um bombardeio de mísseis Grad por forças azerbaijanas.
Notícias de combate despertaram alarme em Moscou. O presidente da Rússia, Vladimir Putin, exortou os dois lados a cessar os disparos e "mostrar prudência", afirmou o porta-voz do Kremlin Dmitry Peskov, segundo agências de notícias russas. Os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da Rússia contataram os respectivos homólogos no Azerbaijão e na Armênia, na expectativa de estabilizar a situação, conforme os ministérios.
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