Grécia pede ao FMI para pagar só em Novembro e Varoufakis admite cancelamento do referendo
Governo grego pediu ao FMI o
prolongamento do prazo para cumprir o pagamento que vence esta noite. E o
referendo de domingo pode, afinal, não avançar.
O ministro das Finanças grego afirmou hoje aos seus
homólogos da zona euro que o seu Governo está pronto para cancelar o
referendo marcado para dia 5, ou então bater-se entre os eleitores
helénicos por um "sim" às propostas europeias.
A notícia está a ser avançada pela Reuters, que cita várias fontes,
após a conferência telefónica extraordinária desta tarde entre os
ministros das Finanças do euro. Yanis Varoufakis fez depender a nova
posição do Executivo grego da aprovação de um novo empréstimo.
Por outro lado, numa corrida contra o tempo, o vice-primeiro-ministro
grego, Ioannis Dragasakis, afirmou, numa entrevista à televisão ERT,
citado pela France Press, que o Governo apresentou "um pedido ao FMI a
solicitar que tomasse a iniciativa de adir o pagamento até Novembro".
Ao final da noite desta terça-feira vence-se o prazo para a Grécia
pagar cerca de 1.600 milhões de euros ao FMI. O dia 30 de Junho,
recorde-se, foi estabelecido após o Governo grego ter solicitado, no
início do mês, ao FMI, a união numa só tranche de todos os pagamentos
devidos durante Junho.
Até ao momento, Alexis Tsipras tem defendido o "não", tendo mesmo,
numa entrevista televisiva a um canal helénico, na segunda-feira,
afirmado que, não obstante respeitar o resultado do voto popular caso
vença o "sim" no referendo, caso seja esta a resposta vencedora, não
será a sua equipa governamental a implementar o programa de reformas
proposto pelos credores.
Nesta terça-feira, o primeiro-ministro de Malta afirmou no seu
parlamento que "eles estão prontos para suspender o seu referendo ou
pedir ao povo para votar 'sim', em vez de 'não', se um pacote, com o
qual eles possam concordar, for colocado sobre a mesa".
A CNBC está a noticiar esta noite que o secretário do Tesouro
norte-americano, Jack Lew, falou com o presidente do Eurogrupo para o
instar a trabalhar num "compromisso pragmático" com a Grécia. Já Jeroen
Dijsselbloem anunciou, também ao início da noite, para a manhã desta
quarta-feira, uma "teleconferência do Eurogrupo (...), para discutir o
estado da grave situação".
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