Cada vez mais longe de Cessar-fogo: Combates aumentam no leste da Ucrânia e provocam mortes
Kiev acusa separatistas de acirrar a situação no leste ucraniano.
Bombardeios ocorrem no dia seguinte a conversa telefônica entre líderes
de Alemanha, França, Ucrânia e Rússia para debater implementação de
acordo de paz.
Três civis e um militar ucraniano foram mortos em ataques realizados por
rebeldes pró-Rússia no leste da Ucrânia, segundo informações divulgadas
neste sábado (18/07) pelo governo ucraniano. Kiev acusa um acirramento
da violência na região, apesar dos apelos internacionais para o
cumprimento do acordo de paz assinado em fevereiro, em Minsk.
Segundo o ministério do Interior ucraniano, as mortes foram causadas por
bombardeios rebeldes na vila de Avdiivka, controlada pelas forças
ucranianas pró-ocidentais e situada não muito longe das ruínas do
aeroporto de Donetsk, que está sob controle dos separatistas pró-russos
desde janeiro.
Na sexta-feira, a chanceler federal alemã, Angela Merkel; o presidente
russo, Vladimir Putin; e os presidentes de Ucrânia, Petro Poroshenko, e
da França, François Hollande, debateram a situação no leste ucraniano em
uma conferência telefônica. Esta foi a primeira conversa entre os
líderes dos quatro países desde abril.
Em comunicado divulgado após a conferência, o governo francês pediu o
"rígido cumprimento dos compromissos" assumidos no acordo de paz para
acabar com a crise na Ucrânia.
A conferência telefônica foi convocada após o governo em Kiev apresentar
uma reforma constitucional, aprovada pelo Parlamento do país em uma
primeira análise. O texto dá mais autonomia aos territórios separatistas
do leste ucraniano.
O processo de emenda constitucional só deverá estar concluído dentro de
alguns meses. A presidência francesa afirmou, em comunicado, que "a
dinâmica da reforma constitucional tem que ser mantida para que o acordo
de Minsk seja totalmente implementado até o fim do ano".
A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que está
monitorando o cumprimento do acordo de Minsk, afirmou que nenhum dos
lados retirou totalmente a artilharia pesada da linha de combate, como é
exigido pelo acordo.
Na sexta-feira, a chefe da OSCE, Ivica Dacic, afirmou estar havendo um
agravamento da crise humanitária no leste ucraniano e exortou ambos os
lados a respeitarem o acordo de Minsk.
Mais de 6.500 pessoas, principalmente civis, morreram no leste da Ucrânia em quinze meses de conflito.
Fontes
e
http://sempreguerra.blogspot.com.br
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