As exportações de energia em alta fazem o superávit da conta da Rússia atingir um recorde
Por Julianne Geiger
O superávit da conta da Rússia atingiu um novo recorde para o segundo trimestre, segundo dados divulgados pelo banco central citados pela Bloomberg.
O superávit, agora de mais de US$ 70 bilhões , vem do aumento das exportações de petróleo e gás – e outras commodities também –, que superaram as sanções impostas ao país pelas potências ocidentais.
O superávit também foi reforçado por preços altos e importações decrescentes – para US$ 72,3 bilhões no primeiro trimestre, de US$ 88,7 bilhões no segundo trimestre – graças às sanções, que têm um efeito maior nas importações do que nas exportações.
As sanções às exportações de energia da Rússia fizeram pouco progresso na restrição de fundos que fluem para a Rússia que poderiam ser usados para continuar sua agressão na Ucrânia. A Índia, por exemplo, está comprando quantidades recordes de petróleo bruto russo – na ordem de quase um milhão de barris por dia em junho – isso é cerca de um quinto do total de importações de petróleo bruto da Índia, segundo a Reuters.
A China também importou quantidades recordes de petróleo russo barato em junho, mesmo em meio aos bloqueios do Covid. A Rússia é o principal fornecedor de petróleo bruto da China, e nem a Índia nem a China estão mostrando sinais de relutância em comprar o petróleo russo – uma commodity sancionada pela Europa e pelos Estados Unidos.
Não é só petróleo. A Rússia também está perto de um acordo com o Brasil para fornecer diesel barato ao país sul-americano, informou a Reuters na segunda-feira. O presidente brasileiro Bolsonaro, que enfrenta uma difícil reeleição em outubro devido aos altos preços dos combustíveis, desfrutou de um relacionamento amigável com o presidente russo, Vladimir Putin.
As exportações russas foram de US$ 153,1 bilhões no segundo trimestre, após atingirem US$ 166,4 bilhões no primeiro trimestre.
Os Estados Unidos planejam discutir um possível teto de preço do petróleo russo com grandes compradores de petróleo bruto, como a Índia, para obter apoio para tal plano - um plano que buscaria permitir que os compradores continuassem comprando petróleo russo, mas limitando as receitas que a Rússia recebe. para essas compras.
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