28 de abril de 2014

Como poderia evoluir conflito por causa das ilhas Senkaku?

UND: A Resposta kkk .Ficando sókacos kkkk

 ilhas de Senkaku, Japão, EUA

No quadro da visita ao Japão, o presidente americano Barack Obama declarou que os Estados Unidos estão dispostos a cumprir seus compromissos e defender as ilhas de Senkaku.

Há dias, tornou-se conhecida também a intenção do Japão de construir uma estação de radar na ilha de Yonaguni, situada a 150 km das ilhas disputadas, o que provocou declarações duras da parte chinesa. Tudo isso voltou a atrair atenção de analistas a perspectivas do possível conflito armado entre a China e o Japão.
As ilhas de Senkaku (Diaoyu) são no fundo enormes rochas que sobressaem de água e não apenas são pequenas, mas têm também um relevo muito complexo. Sua ocupação militar em sentido habitual da palavra não tem sentido. Efetivamente, como poderia ser uma ação voltada para estabelecer controle sobre as ilhas, o maior das quais tem uma área um pouco superior a 4 quilômetros quadrados e a segunda maior ilha pelo território constitui cerca de 1 quilômetro quadrado?
De fato, participantes de litígios territoriais no mar da China Oriental ocupavam também ilhas menores, construindo nelas obras de concreto à semelhança de fortificações medievais. Mas estas estruturas são destinadas principalmente para uma fixação política da situação já existente, não podendo resistir a um sério ataque. Além disso, a construção de quaisquer obras permanentes exige muito tempo.
No caso de a China ou o Japão tentarem instalar unidades terrestres nas ilhas, estas forças não terão qualquer importância militar. Por causa da pequena superfície e do relevo incômodo, elas não poderão fixar-se, mascarar-se, desenvolver infraestrutura necessária e desdobrar armas pesadas. Serão alvos para a aviação com bombas e foguetes de alta precisão.
Deste modo, a ocupação física das ilhas será apenas um ato simbólico sem qualquer importância militar. Provavelmente, na operação não serão utilizadas forças consideráveis. Pelo visto, as ilhas poderiam ser ocupadas em resultado de um reide instantâneo de um destacamento especial pouco numeroso que içará bandeira e, possivelmente, ficará nas ilhas para demostrar que elas não serão rendidas sem combate. Este será em primeiro lugar um passo político e não militar e o próprio destacamento deixará de existir no caso da continuação do conflito.
Nesta incursão rápida poderiam ser utilizados helicópteros de baseamento terrestre ou naval. Provavelmente, partindo dos objetivos da luta pelas ilhas, o Japão tem planos de comprar aos EUA aeronaves militares multifunção MV-22 Osprey, capazes de efetuar pousos e decolagens verticais e em terreno curto.
O adversário poderia tentar evitar a escalada do conflito e arrebatar as ilhas utilizando seus destacamentos especiais, mas tais atos são arriscados. Em sentido militar, a luta por estas ilhas pequenas só pode decorrer em forma de uma batalha aérea e marítima, em que são inevitáveis perdas consideráveis das partes. Por outro lado, esta seria uma batalha entre grandes frotas comparáveis pelo nível técnico, que não aconteceu desde os tempos da Segunda Guerra Mundial. Os confrontos navais no quadro de conflitos locais (guerras árabe-israelitas, indo-paquistanes as e das Malvinas) tiveram escala limitada e decorreram frequentemente em condições de desequilíbrio brusco das forças das partes.
Uma verdadeira batalha naval pode levar aos resultados inesperados e imprevisíveis e por isso nenhuma parte terá certeza da vitória. Muitas tecnologias e ações táticas, ensaiadas em testes e manobras, podem falhar, como já acontecia várias vezes em guerras do século XX. A compreensão disso pode ser o melhor fator de dissuasão para as partes conflituantes.

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