Premiê ucraniano acusa Rússia de querer a 'terceira guerra mundial'
Yatseniuk pediu à comunidade internacional união contra a agressão russa.
'Apoio da Rússia aos terroristas constitui um crime internacional', afirmou.
O primeiro-ministro ucraniano, Arseni Yatseniuk, acusou nesta
sexta-feira (25) a Rússia de querer iniciar "uma terceira guerra
mundial" ao apoiar a insurreição separatista no leste da Ucrânia e pediu
à comunidade internacional união contra a agressão russa.
"As tentativas de agressão do exército russo no território da Ucrânia
provocarão um conflito no território da Europa. O mundo não esqueceu a
Segunda Guerra Mundial e a Rússia quer iniciar uma terceira guerra
mundial', declarou no Conselho de Ministros.
"O apoio da Rússia aos terroristas na Ucrânia constitui um crime
internacional. Pedimos à comunidade internacional que se una contra a
agressão russa", completou Yatseniuk.
Também nesta sexta, o ministro da Defesa ucraniano informou que as
tropas russas que realizam exercícios militares perto da fronteira com a
Ucrânia se aproximaram ainda mais do território ucraniano, ficando a apenas um quilômetro de distância.
Segundo Mykhailo Koval, um helicóptero também faz parte das manobras.
“As forças armadas ucranianas estão prontas para repelir qualquer
agressão”, disse.
Em um clima de escalada retórica, a Ucrânia mantém a determinação de
prosseguir com a ofensiva militar militar contra os separatistas
pró-Rússia do leste, ativamente apoiados, segundo Kiev, por Moscou.
Nesta sexta-feira, a agência de classificação financeira Standard &
Poor's rebaixou a nota da dívida da Rússia de "BBB" para "BBB-" e
manteve a perspectiva "negativa", em consequência da crise entre Rússia e
Ucrânia.
"A operação antiterrorista continua" afirmou o ministro ucraniano do Interior, Arsen Avakov.
O governo interino de Kiev, pró-Ocidente, chama de "terroristas" os
insurgentes pró-Rússia que ocupam prédios públicos em várias cidades de
regiões de maioria russa, como Donetsk e Lugansk, geralmente armados.
Na quinta-feira, veículos blindados do exército ucraniano atacaram o
reduto rebelde de Slaviansk, antes de uma retirada. Kiev afirma que
cinco separatistas morreram na operação.
Diante da ofensiva ucraniana, a Rússia ameaçou com uma intervenção
militar para defender seus interesses e os da população de origem russa
na região. Moscou também iniciou manobras militares, ao longo da
fronteira ucraniana.
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