África esta se dividindo, surgirá uma nova e enorme ILHA
Tradução, edição e imagens: Thoth3126@protonmail.ch
Geologia em ALTÍSSIMA Velocidade. Violenta Atividade Sísmica Rasgando a África em duas vai criar uma nova e enorme ILHA separada da ÁFRICA
Fonte: http://www.spiegel.de/
Por Axel Bojanoswski – Galeria de fotos: http://www.spiegel.de/
Os
investigadores dizem que a lava na região é consistente com o magma,
normalmente visto somente no fundo do mar – e que a água do oceano
índico acabará por penetrar pelas fendas e cobrirá o deserto.
Universidade de Bristol, Lorraine Field
O convite veio em novembro passado. E
Ebinger imediatamente voou para a Etiópia com alguns colegas
pesquisadores. “O vulcão estava borbulhando, lava flamejante vermelha
estava sendo atirada para o céu”, Ebinger contou ao “Spiegel Online”.
A Terra está em convulsão no nordeste
da África e a região está mudando rapidamente. O chão do deserto esta
rachando e se abrindo e tremendo, os vulcões estão a ferver, e com água
do mar que avança sobre a terra, penetrando pelas novas fissuras
provocadas pela atividade sísmica intensa. A África, os pesquisadores
estão certos, esta se partindoe em duas a um ritmo raramente visto antes
e inédito em geologia, ao vivo e a cores.
A fratura geológica da região apareceu pela primeira vez há milhões de anos, resultando noMar Vermelho e no Golfo de Aden. A segunda fratura, que se estende por 7.000 quilômetros do sul da Etiópia até Moçambique, é conhecida como o Grande Vale do Rift(*),
que é salpicado e forrado com vários vulcões, depressões e lagos.
Milhões de anos a partir de agora (SERÁ????), ele também será preenchido
com água salgada.
{(*)n.t.: O vale do Rift ou grande vale do Rift é
um complexo de falhas tectônicas criado há cerca de 35 milhões de anos
com a separação das placas tectônicas africana e arábica. Esta estrutura
estende-se no sentido norte-sul por cerca de 5.000 km, desde o norte da Síria até ao centro de Moçambique, com uma largura que varia entre 30 e 100 km e, em profundidade de algumas centenas a milhares de metros.
A
secção norte forma o vale do rio Jordão, que corre para sul através
do mar da Galileia até ao mar Morto. O Vale do Rift continua para sul,
através do Wadi Arabah, golfo de Aqaba e o mar Vermelho. Na
desembocadura sul do mar Vermelho, o Rift tem uma bifurcação, formando
o Triângulo de Afar (a
rosa mais escuro no mapa abaixo): o golfo de Áden, para leste,
corresponde à divisão entre a península da Arábia e África e continua
como parte da cordilheira Central do oceano Índico; o outro ramo segue
para sudoeste através do Djibouti, para formar o vale do Rift Oriental,
que abrange a Etiópia, o Quênia a Tanzânia, o lago Niassa e o rio
Chire, terminando no Zambeze.}
Poderia acontecer rapidamente
Mas na Depressão de Danakil, na parte norte do vale, a água do mar poderá chegar muito mais cedo, pois lá apenas uma baixa cadeia de pequenas colinas de
25 metros (82 pés) de altitude ainda são a única barreira que contem e
evita que as águas do Mar Vermelho penetrem o continente sem qualquer
obstáculo.
A
terra por trás das colinas já caíram dezenas de metros em relação aos
níveis anteriores e depósitos de sal branco no chão do deserto
testemunham as invasões anteriores do mar. Mas a lava brotando da terra logo sufoca o seu acesso novamente.
Por
enquanto, ninguém pode realmente dizer quando o mar vai finalmente e
definitivamente inundar o deserto. Mas quando isso acontecer, a invasão
poderia ser muito rapidamente. “As
colinas poderiam afundar em questão de dias”, Tim Wright, um colega da
Universidade de Leeds, Escola ‘da Terra e do Meio Ambiente, disse em uma
recente conferência organizada pela União Geofísica Americana (AGU) em
San Francisco.
Nos últimos cinco anos, a transformação geológica do nordeste da África tem se “acelerado dramaticamente“,
diz Wright. Na verdade, o processo é muito mais rápido do que muitos
esperavam. Nos últimos anos, os geólogos haviam medido apenas alguns
milímetros de movimento a cada ano. “Mas agora a terra está se abrindo
diariamente por metros”, diz Loraine Field, um estudioso da Universidade
de Bristol, que também participou da conferência.
Tremores
de terra constantes causam novas fissuras profundas que se formam no
chão do deserto e as terras do leste da África estão se partindo,
quebrando, como vidro espatifado.Pesquisadores
no Golfo do Tadjoura, que se projeta para o Djibouti, na Somália, a
partir do Golfo de Áden, têm registrado recentemente uma barragem de
fortes abalos sísmicos. “Os terremotos estão acontecendo, e fortemente na dorsal meso-oceânica”, relata Ebinger.
Placas tectônicas:
A Lava jorra das fissuras nestas
cadeias de montanhas submarinas e criam constantemente novas crostas da
terra – quando ela endurece, torna-se parte do fundo do mar. À medida
que o magma ascendente surge, ele se espalha no fundo do oceano em ambos
os lados, pelas placas tectónicas causando terremotos.
Nos
últimos meses, os tremores no Golfo do Tadjoura foi ficando cada vez
mais perto da costa. Como explica Ebinger, a divisão, a fissura do fundo
do oceano se estenderá gradualmente para a terra seca. Este é já o caso
ao longo de algumas linhas de falha no deserto da Etiópia, criando um
espetáculo geológico que apenas pode ser testemunhado na profundidade
abaixo da superfície do oceano.
Até mesmo o padrão de sismos leva a
conclusão de que a paisagem do deserto está se transformando em um fundo
do mar profundo, de acordo com um recente artigo no Journal of Geophysical Research publicado
pela equipe de Zhaohui Yang e Ping Chen Wang, dois geólogos da
Universidade de Illinois em Urbana- Champaign. Os pesquisadores
registraram vários terremotos fortes, a uma profundidade rasa no
nordeste da África semelhantes aos que de outra forma só se vê nas
cristas oceânicas longe no mar, no fundo do oceano.
Nos últimos meses, os pesquisadores também registraram um pequeno aumento na atividade vulcânica. De
fato, geólogos descobriram as erupções vulcânicas perto da superfície
da Terra em 22 locais no Triângulo Afar, no nordeste da África. O
magma tem causado fissuras até oito metros (26 pés) de largura de
abertura no solo, conforme os relatórios de Derek Keir da Universidade
de Leeds. Enquanto a maioria do magma permanece sob a superfície, em
lugares como o Vulcão Erta Ale a lava tem subido à sua maneira acima do
solo.
Um oceano sem água:
Os
cientistas também observaram que o tipo de magma borbulhando na região é
do tipo que de outra forma só vi vomitando das cristas meso-oceânicas
profundas abaixo da superfície da água. Uma das características de sua
assinatura é uma baixa proporção de ácido silícico. O magma que sai da cratera do Vulcão Erta Ale tem a mesma composição química do tipo que sai dos vulcões de profundidade marítima. Toda a região cada vez mais se assemelha a um fundo do oceano – “AINDA” sem água.
A nova explosão a atividade sísmica e vulcânica começou em 2005, quando
60 quilômetros de extensão da fenda foi formada de repente, na
Depressão de Afar. Desde então, cerca de 3,5 quilômetros cúbicos de
magma jorraram, de acordo com Tim Wright – o suficiente para cobrir toda
a área de Londres, a média de altura de uma pessoa.
Do ponto de vista geológico, a
velocidade com que o magma está sendo empurrando para cima e para fora é
surpreendente. Foi canalizando o seu caminho através das rochas abaixo
da superfície da Terra a velocidades de até 30 metros por minuto, relata
Eric Jacques do Instituto de Física da Terra de Paris. Medições por
satélite atestam as consequências: Em um trecho, 200 quilômetros a
jorrar com o magma, o solo se parece com asfalto em um dia quente de
verão. O magma também está jorrando no âmbito do Vulcão Dabbahu no norte
da Etiópia, Lorraine Field registrou em São Francisco.
Continuando a se expandir:
Os dados de satélite também mostrou que uma área muito maior tem sido marcada por novas fissuras do que inicialmente se supunha, diz Keir. correntes
subterrâneas de magma também estão causando considerável aumento das
temperaturas do solo no Egito Oriental, informou uma equipe de geólogos
do Egito, do Instituto Nacional de Investigação de Astronomia e
Geofísica recentemente em Sismológico Research Letters.
Na conferência AGU, da Universidadede Columbia, James
Gaherty informou que erupções de magma rasgaram um corte de 17
quilômetros no chão do deserto no norte do Malawi e que a pressão
lateral que exerceram até mesmo levantou a terra, o solo em torno de até
50 centímetros (20 polegadas) em alguns lugares.
O surto mais violento do magma nos últimos anos, porém, aconteceu em um lugar inesperado. Em maio de 2009, um vulcão subterrâneo explodiu na Arábia Saudita. Um forte terremoto com magnitude de 5,7 acompanhado por dezenas de milhares de tremores mais leves forçaram 30.000 pessoas a procurar abrigo. O
magma espirrou para fora da terra em uma área do tamanho de Berlim e
Hamburgo combinadas, Sigurjon Jonsson da Universidade Rei Abdullah de
Ciência e Tecnologia informou na reunião da AGU.
O
fato de que a erupção ocorreu quase 200 quilômetros (124 milhas) de
distância da linha de falha no Norte de África “surpreendeu a todos
nós”, diz Cynthia Ebinger. E o maior site do mundo de construção geológica aceleradíssima continua a se expandir. Loraine Field confirma que o magna cada vez mais está empurrando o seu caminho para fora da superfície da Terra, acrescentando que: “A câmara de magma está se recarregando constantemente“
David Ferguson, da Universidade de Oxford prevê um aumento considerável nas erupções vulcânicas e terremotos na região durante a próxima década. Os abalos sísmicos, diz ele,“tornar-se-ão de magnitude cada vez maior.”
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