Exército iraquiano ataca jihadistas para tentar retomar o controle
O exército iraquiano tentava nesta sexta-feira retomar o controle da
situação com ataques contra os insurgentes sunitas na cidade de Tikrit
(norte), no mesmo dia em que o secretário de Estado americano, John
Kerry, chegava à Arábia Saudita para buscar soluções para o conflito
iraquiano.
O Parlamento formado após as eleições de abril se prepara, por sua vez,
para se reunir no dia 1º de julho e iniciar o processo político de
formação de um governo, após o anúncio por parte do primeiro-ministro,
Nuri al-Maliki, da necessidade de uma solução política para tirar o país
da crise em paralelo à ação militar.
Maliki, um xiita criticado por marginalizar os sunitas e por monopolizar
o poder, cedeu finalmente aos apelos da comunidade internacional em
favor de um governo de união nacional que reúna todas as forças
políticas e comunidades para frear a ofensiva liderada pelos jihadistas e
lançada no dia 9 de junho.
Enquanto isso, as tropas governamentais, após sua debandada nos
primeiros dias da ofensiva, tentam com dificuldade retomar as regiões
controladas pelos insurgentes, liderados pelos jihadistas do Estado
Islâmico no Iraque e no Levante (EIIL).
Depois de recuperar o controle da universidade de Tikrit na
quinta-feira, 160 km ao norte de Bagdá, o exército bombardeava nesta
sexta-feira posições dos insurgentes para proteger seus soldados na zona
e preparava o ataque à cidade que tem cercada, segundo um funcionário
de alto escalão.
Os combates obrigaram familiares dos funcionários da universidade que
vivem nas proximidades a fugir. A universidade está estrategicamente
situada na estrada que leva a Baiji, principal refinaria de petróleo no
Iraque, e a uma base militar mais ao norte nas mãos dos insurgentes.
Militantes iraquianos mataram 160 prisioneiros!
Insurgentes iraquianos executaram pelo menos 160 prisioneiros na
primeira metade deste mês na cidade de Tikrit, norte do Iraque, afirmou o
grupo humanitário Human Rights Watch (HRW), com base na análise de
imagens de satélite e fotografias divulgadas pelos militantes.
O grupo norte-americano disse que militantes do Estado Islâmico do
Iraque e do Levante (EIIL) mataram entre 160 e 190 homens em duas
localidades em Tikrit entre 11 e 14 de junho. "O número de vítimas pode
muito bem ser maior, mas a dificuldade de localizar os corpos e de ter
acesso à área impede uma investigação completa", afirmou o HRW.
Após tomar grande parte do território ao norte do Iraque e assumir o
controle das cidades de Mosul e Tikrit, neste mês, o grupo extremista
postou fotografias num site militante nas quais se via combatentes
colocando soldados capturados em caminhões e a seguir deitados no chão,
com as mãos amarradas às costas. As últimas fotografias mostravam os
corpos dos prisioneiros.
O massacre parecer ter como objetivo instalar o medo nas desmoralizadas
Forças Armadas iraquianas, que deixaram seus postos quando os militantes
tomaram a maior parte do norte do país em apenas alguns dias, assim
como assustar a maioria xiita, considerada apóstatas pelo EIIL.
FONTES:
Com:
http://sempreguerra.blogspot.com.br
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