30 de outubro de 2017

A guerra pode ser desastrosa. E corrida nuclear armamentista na Ásia

'Vamos todos morrer': EUA avaliam baixas em uma possível guerra com Coreia do Norte

Militares norte-coreanas durante a parada militar em homenagem ao 60º aniversário do fim da Guerra da Coreia, 2013No Ocidente se iniciou a concorrência pelo título de objetivo principal de um míssil norte-coreano. Nos EUA estão adivinhando que cidade será atacada primeiro, enquanto os países da OTAN se sentem injustamente esquecidos.

No Ocidente se iniciou a concorrência pelo título do principal objetivo de um míssil norte-coreano. Nos EUA estão adivinhando qual a cidade a ser atacada primeiro, enquanto os países da OTAN se sentem injustamente esquecidos.
"Como palavras já não são bastam e ele são lançando mão de cenários", destaca o analista do serviço russo da Rádio Sputnik Mikhail Sheinkman.

Os Estados Unidos da América: 300.000 vítimas logo nos primeiros dias de conflito, 10.000 projeteis por minuto são lançados por artilharia de Pyongyang, se segue o envolvimento dos EUA no conflito, o que provocará uma mobilização dos seus efetivos na Coreia do Sul, foguetes-portadores norte-coreanos levam ogivas nucleares para sobre o território norte-americano, uma explosão provoca um pulso eletromagnético, que pode resultar na morte da maioria da população ...
Para o autor, estas suposições apenas impulsionam Pyongyang a agir e até o propõem diversas opções de como atacar os EUA de modo mais eficaz possível.

"É só para um pouco e eles vão explicar exatamente como como ogivas nucleares podem ser levadas para a proximidade dos EUA. Pyongyang, como afirmam nos EUA, já conseguiu resolver isso. Mas, se Washington apresentar outro jeito, por não utilizar ? ", ironiza Sheinkman.

Parece que foi desenrolada uma luta bem séria pelo título do primeiro objetivo da ameaça norte-coreana, continuou. O portal Business Insider acredita que bastaria um só ataque contra uma das cidades norte-americanas. O secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, por sua vez, se sente esquecido, como se desse a dica, alude que um míssil norte-coreano pode afrontar qualquer membro da Aliança.
"Os países da Aliança parecem não manifestar grande desejo de provocar Kim Jong-un […] Mas Stoltenberg atua como se estivesse se pondo a jeito. Tudo isso porque eles acreditam mais na capacidade de Pyongyang atacar do que na dos EUA se defenderem. O chefe do Pentágono pode falar quanto quiser sobre uma resposta maciça, mas no Congresso se ouve: 'Vamos todos morrer'", resumiu o analista russo.
A tensão entre Pyongyang e Washington aumentou depois das manobras conjuntas da Coreia do Sul e EUA para treinar um ataque contra Coreia do Norte em caso de guerra. A Coreia do Norte se sentiu ameaçada e passou a aumentar seu potencial de mísseis e nuclear.



2.
Kissinger: bomba nuclear norte-coreana pode levar a uma escalada atômica na Ásia


Henry KissingerO Leste da Ásia está se movendo em direção à proliferação nuclear, já que Seul e Tóquio procurarão ter seus próprios arsenais atômicos para lidar com a ameaça de Pyongyang, que não dá mostras de que um dia abandonará o seu programa.
Esta foi a advertência dada pelo ex-secretário de Estado dos Estados Unidos e ex-assessor de segurança nacional, Henry Kissinger, em uma entrevista recente ao jornal The New York Times.
Estrategista nuclear durante a Guerra Fria, Kissinger afirmou ter poucas dúvidas sobre para onde as coisas estão indo na região. O ex-diplomata dos EUA disse que se a Coreia do Norte "continuar a ter armas nucleares", estas "devem ser estendidas ao resto da Ásia".
"Não será a Coreia do Norte o único país coreano do mundo que possui armas nucleares, sem que os sul-coreanos tentem se igualar", advertiu Kissinger.
O ex-secretário de Estado estadunidense nas administrações dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford acrescentou ao jornal que "não se pode esperar que o Japão permaneça calmo".
"Então estamos falando sobre a proliferação nuclear", ele resumiu.
Reação em cadeia?
As crescentes capacidades norte-coreanas forçam seus vizinhos a debater se eles precisam ter os seus próprios arsenais nucleares, observou o The New York Times. A publicação destacou que a Ásia é uma região onde "várias nações têm material, tecnologia, experiência e dinheiro para produzir armas nucleares".
Na Coreia do Sul, as pesquisas mostram que 60% da população é a favor da construção de armas nucleares, e quase 70% querem os EUA reintroduzam armas nucleares táticas para uso no campo de batalha, as mesmas que foram removidas há um quarto de século.
No Japão, a única nação que sofreu um ataque nuclear, atualmente há pouco apoio público para o desenvolvimento de armas nucleares. No entanto, muitos especialistas acreditam que esta situação poderia ser revertida rapidamente se Coreia do Norte e Coreia do Sul tivessem arsenais atômicos.
Além da Coreia do Sul e do Japão, "já se fala" na Austrália, na Birmânia, em Taiwan e o Vietnã como nações nas quais se faz sentido discutir o desenvolvimento de armas nucleares se outros vizinhos se armarem.
Tal situação suscita temores de que a Coreia do Norte possa desencadear uma reação em cadeia na qual uma nação após outra se sinta ameaçada e construa uma bomba atômica, concluiu The New York Times.
Todas as informações acima vem via: