Presidente romeno teme “apetite” de Putin
Das declarações do líder romeno se torna evidente que
ele se prepara para uma situação em que a Rússia e a Romênia irão ter
uma fronteira comum ao longo do Danúbio.
Basescu
recordou que em 2005 ele tinha acusado Vladimir Putin de este ver o mar
Negro como “um lago da Rússia” e que os recentes acontecimentos da
Crimeia demonstram a veracidade dessas acusações. Agora Basescu ordenou
ao Ministério da Defesa e ao estado-maior do exército romeno que
realizem com urgência uma análise da situação operacional e “elaborem
uma reação de resposta”.
Ao discursar perante os líderes militares no dia 28 de março, Basescu declarou:
“É
perfeitamente claro que à Geórgia em 2008 se seguiu a Ucrânia em 2014 e
que cada político, cada militar, se deve questionar: o que se seguirá?
Poderá ser a Transnístria e a República da Moldávia, ou as regiões do
sul da Ucrânia, desde a Crimeia e até Odessa, ou até ao delta do
Danúbio? Isso são questões que cada um pode colocar nas atuais condições
de ausência total de garantias firmes por parte da Federação Russa”.
Basescu
não esclareceu como ele pensa reagir às ações da Rússia na Ucrânia por
ele previstas, mas as autoridades romenas já apelaram a OTAN para que
esta reforce sua presença na Europa Oriental. Por outro lado, o
presidente avisou as autoridades moldavas que, em caso de uma “agressão
militar” por parte da Federação Russa, a Romênia não irá intervir
militarmente, contudo a imprensa regional romena das regiões
fronteiriças informa que as autoridades locais receberam instruções
urgentes para a preparação de planos e orçamentos para uma mobilização.
Partindo
das declarações caóticas, inconsequentes e periodicamente bastante
agressivas da liderança romena, podemos concluir que o perigo principal
para a Romênia consiste não nos míticos “apetites territoriais” da
Rússia, mas no próprio presidente Basescu.
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