7 de janeiro de 2019

A tentativa de golpe no Gabão

Militares se apoderam de estação de rádio para declarar golpe de Estado no Gabão (VÍDEO)


As tropas do Gabão detiveram os militares rebeldes que mais cedo se apoderaram da estação de rádio nacional e anunciaram o início de um golpe de Estado, comunicou o ministro da Comunicação do Gabão, Guy-Bertrand Mapangou, que também é porta-voz do governo.
Segundo declarou o porta-voz, citado pela RFI, quatro rebeldes foram presos e um conseguiu fugir. Trata-se de um grupo de "patetas" desconhecidos do Comando do exército nacional, de acordo com a autoridade.
Mais cedo, a rádio africana RFI relatou que os militares tomaram controle da Estação de Rádio Nacional em Gabão para declarar a criação do Conselho Nacional de Restauração.   
Destaca-se que os militares chegaram à sede da rádio nacional às 4h (à 1h, horário em Brasília) para pronunciamento.
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: Military coup underway in Gabon, according to broadcast on national radio

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​Golpe de Estado militar está em curso no Gabão, segundo anunciado por rádio nacional

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Reports coming out of Gabon state that Gabon military has seized power from ailing leader Ali Bongo. More to follow.
04:51 - 7 de jan de 2019
 Notícias comunicam que os militares do Gabão tomaram o poder do líder do país Ali Bongo.
De acordo com o comunicado, militares se decepcionaram com o discurso do presidente Ali Bongo, realizado no dia 31 de dezembro, e se referiram às palavras do presidente como um "espetáculo triste de resistência para se manter no poder".
Além disso, militares anunciaram planos de estabelecer, em breve, o Conselho Nacional de Restauração.
O presidente do Gabão, Ali-Ben Bongo Ondimba, foi hospitalizado em Riad no dia 24 de outubro. Segundo dados da RFI, o político de 59 anos de idade teve um derrame. Agora ele está se recuperando no Marrocos.

2.

União Africana condena "energicamente" tentativa de golpe de Estado no Gabão


A União Africana (UA) condenou hoje "energicamente" a tentativa de golpe de Estado de um grupo de militares no Gabão, que tomou a Rádio Televisão Gabonesa (RTG) para estabelecer um "conselho nacional" e "salvar o país do caos".


União Africana condena energicamente a tentativa de golpe desta manhã no Gabão", afirmou o presidente da Conissão (secretariado) da UA, Moussa Faki Mahamat, através da sua conta oficial na rede social Twitter.
"Reafirmo a condenação total da UA de toda a alteração de poder inconstitucional", acrescentou Mahamat, poucas horas depois de se conhecer a intervenção de um grupo de militares no pequeno país petrolífero da costa ocidental da África Central.
O Governo gabonês, através do porta-voz do Governo de Guy-Bertrand Mapangou, anunciou já que a situação no país está sob controlo e que quatro de um grupo de cinco militares revoltosos foram detidos, encontrando-se um em fuga, depois de uma tentativa do falhanço de um golpe de Estado militar.
"A calma regressou, a situação está sob controlo", afirmou o porta-voz à Agence France-Presse, acrescentando que a segurança na capital do Gabão, Libreville, foi reforçada com a presença de forças que aí permanecerão nos próximos dias para garantir a ordem.
A AFP constatou o cerco do edifício da RTG por efetivos da guarda republicana e testemunhos citados pela mesma agência indicaram que vários tanques militares e veículos armados estão a patrulhar as ruas de Libreville.
O porta-voz governamental indicou ainda que as fronteiras do país permanecerão abertas e explicou que alguns disparos ouvidos na capital durante a madrugada teriam partido de um movimento de pessoas.
A comunicação do Governo gabonês acontece depois de alguns militares terem anunciado hoje na televisão pública que estava em curso um golpe de Estado naquele país da África Ocidental.
Um soldado do exército, ladeado por outros dois armados, leu um comunicado a informar que os militares tomaram o controlo do Governo "para restaurar a democracia" no país.
"Chegou a hora de tomarmos o nosso destino nas nossas mãos, chegou a hora do dia tão esperado, o dia em que o Exército decidiu pôr-se ao lado do seu povo para salvar Gabão do caos", afirmou na RTG o tenente Kelly Ondo Obiang.
A tentativa de golpe de Estado ocorreu uma semana depois do chefe de Estado gabonês, Ali Bongo Ondimba, se ter dirigido à nação num discurso de ano novo proferido num hospital em Rabat, Marrocos, onde Ali Bongo se encontra a recuperar de um incidente de saúde ocorrido em Riade, Arábia Saudita, em outubro último.
O discurso de 31 de dezembro "reforçou as dúvidas" sobre a capacidade de Ali Bongo para continuar no poder ao "mostrar um paciente sem muitas das suas faculdades físicas e mentais", considerou o militar revoltoso, que se apresentou como comandante-adjunto da Guarda Republicana e presidente do Movimento Patriótico da Juventude das Forças de Defesa e Segurança do Gabão (MPJFDS).
A escassez de notícias oficiais sobre o estado de saúde de Ali Bongo tem alimentado especulações sobre o estado de saúde do Presidente gabonês, tendo alguns meios de comunicação locais noticiado mesmo a sua morte.
Apesar da alteração da Magna Carta do país pelo Tribunal Constitucional do Gabão em 14 de novembro último, que permitiu ao vice-presidente, Pierre Claver Maganga Moussavou, presidir ao Conselho de Ministros na ausência de Ali Bongo, o silêncio oficial sobre o estado de saúde do Chefe de Estado e a sua prolongada ausência do país levaram a oposição a criticar o "vazio de poder".

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