3 de fevereiro de 2020

Rússia pode deportar estrangeiros com corona

Rússia pode deportar estrangeiros encontrados com coronavírus, diz primeiro-ministro

  • Os estrangeiros podem ser deportados da Rússia se apresentarem resultados positivos para o coronavírus, disse o primeiro-ministro russo Mikhail Mishustin.
  • Ele acrescentou que a Rússia tem "todos os medicamentos necessários, meios de proteção para combater a propagação do coronavírus".




Os estrangeiros podem ser deportados da Rússia se apresentarem resultados positivos para o coronavírus, disse o primeiro-ministro na segunda-feira, segundo os meios de comunicação do país.

O recém-nomeado primeiro-ministro Mikhail Mishustin disse que foi assinado um plano nacional para impedir a propagação da infecção na Rússia.

"Isso nos permitirá deportar estrangeiros se forem diagnosticados com esta doença e introduzir restrições especiais, incluindo isolamento e quarentena", disse o primeiro-ministro em comentários relatados pela agência de notícias Tass e pela Interfax.

 Mishustin acrescentou que a Rússia tem "todos os medicamentos necessários, meios de proteção para combater a propagação do coronavírus".
No domingo, Mishustin assinou um decreto que colocou o vírus, conhecido formalmente como o "novo coronavírus 2019-nCoV", na lista de doenças que representam uma ameaça aos cidadãos, informou Tass. Disse que até recentemente a lista, compilada em 2004, incluía "15 doenças como HIV, malária, tuberculose, peste siberiana, cólera e peste".

A Rússia planeja começar a evacuar seus cidadãos de Wuhan, a cidade chinesa onde o surto se originou, na segunda-feira. Mais de 600 russos estão na cidade chinesa, de acordo com um relatório da Reuters citando o vice-primeiro-ministro da Rússia.

A Rússia relatou seus dois primeiros casos de coronavírus na sexta-feira, dois cidadãos chineses que disseram ter sido isolados. O país também fechou a maioria dos pontos de entrada ao longo da fronteira com a China na semana passada e suspendeu temporariamente a emissão de vistos eletrônicos para cidadãos chineses. O primeiro-ministro anunciou segunda-feira que o governo adiará o Fórum Econômico de Sochi, a ser realizado no final de fevereiro, como medida de precaução.
O coronavírus continua a se espalhar. A Comissão Nacional de Saúde da China registrou 57 mortes adicionais e 2.829 novos casos confirmados até o final de domingo. Isso eleva o total do país para 361 mortes e 17.205 casos confirmados.

O Ministério das Relações Exteriores da China disse na segunda-feira que alguns países, especialmente os EUA, reagiram exageradamente ao surto, segundo a Reuters. Na semana passada, o presidente Donald Trump assinou uma ordem para os EUA negarem a entrada de cidadãos estrangeiros que viajaram pela China nas últimas duas semanas.

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