19 de janeiro de 2020

Protestos no Líbano

Presidente libanês pede as Forças Armadas  para intervir enquanto protestos em massa se tornam violentos em Beirute (FOTOS, VÍDEO)



Lebanese president calls on ARMY to intervene as massive protests turn violent in Beirut (PHOTOS, VIDEO)
A capital do Líbano, Beirute, mergulhou no caos em meio a protestos em massa. A polícia se esforçou para conter as multidões enfurecidas com gás lacrimogêneo e canhões de água, levando o presidente Michel Aoun a pedir que os militares intervissem.
Aoun pediu ao exército nacional que restabelecesse a paz e a ordem nas ruas de Beirute, pois a cidade assistiu a confrontos ferozes entre manifestantes e forças de segurança. Aoun exortou os militares a "proteger a segurança de manifestantes pacíficos e de propriedades públicas e privadas".
Multidões tomaram as ruas de Beirute em um protesto maciço contra a dívida crescente do Líbano, que é de cerca de 87 bilhões de dólares, igual a mais de 150 por cento do PIB. A agitação pública também é alimentada por um vácuo de quase três meses e por uma crise econômica incapacitante.

Os comícios, realizados sob o lema "Não pagaremos o preço", logo se transformaram em violência, enquanto multidões de manifestantes tentavam romper os cordões da polícia ao redor do parlamento, levando os policiais a usar gás lacrimogêneo.
Os manifestantes atiraram pedras e fogos de artifício na polícia. Outros removeram placas de rua e barreiras de metal e os atiraram contra os policiais. A polícia respondeu com canhões de água. Nuvens de gás lacrimogêneo também logo encheram as ruas do centro da cidade, cena de alguns dos mais intensos impasses entre os manifestantes e a polícia.
RT
Em algum momento, um acampamento, erguido pelos manifestantes em um dos distritos centrais de Beirute meses atrás, pegou fogo. As chamas rapidamente engoliram dezenas de tendas, causando um grande incêndio bem no centro da cidade.
Algumas pessoas no Twitter sugeriram que as forças de segurança poderiam ter incendiado as barracas para impedir que uma multidão marchasse para o parlamento. No entanto, a causa exata do incêndio ainda não está clara e não houve comentários oficiais sobre esse assunto.
Protestos em massa vêm repetidamente dominando Beirute e outras cidades libanesas há meses, apesar da renúncia do primeiro-ministro libanês Saad Hariri em outubro. Desde então, nenhum governo foi formado, pois os partidos políticos continuam discutindo sobre sua composição. Os manifestantes, que acusaram Hariri de corrupção, exigem que todos os cargos do novo governo sejam assumidos apenas por tecnocratas independentes.RT

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