China promete 'firme contra-ataque' para enfrentar 'provocação dos EUA' ao reatarem laços com Taiwan
Nos últimos momentos de vigência, o governo Trump decide retornar cooperação com Taiwan, ação vista pela China como provocação. Em resposta, o país asiático promete tomar "medidas drásticas" para que seus interesses não sejam afetados.
Depois que os EUA anunciaram na semana passada a visita da embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Kelly Craft, a Taiwan nesta semana, o secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, disse no sábado (9), que estava suspendendo as restrições de contatos entre o país e a ilha asiática.
Em contrapartida, a China declarou que se "opõe resolutamente" à decisão dos EUA de suspender as restrições na cooperação com a ilha e ameaçou um "contra-ataque".
"Quaisquer ações que prejudiquem os interesses centrais da China serão enfrentadas com um contra-ataque firme e não terão sucesso", disse Zhao Lijian, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, citado pela Reuters na segunda-feira (11).
"A resolução do povo chinês de defender nossa soberania e integridade territorial é inabalável e não permitiremos que nenhuma pessoa ou força impeça o processo de reunificação da China", disse Zhao Lijian.
Segundo um editorial publicado também na segunda-feira (11) pelo portal chinês Global Times, o governo de Donald Trump "está explorando seus últimos dias para tomar decisões contra a China". Da mesma forma, o editorial aponta que "Pompeo se aventurou na questão de Taiwan, que ele acredita ser o melhor lugar para prejudicar a China e o melhor lugar para derrubar todo o relacionamento entre os dois países", e que o país asiático vai "reunir força e resolução para enfrentar a provocação final dos EUA. Vamos desacreditar Pompeo e seus semelhantes por sua arrogância em julgar mal a situação e detê-los no estreito de Taiwan", escreveu o Global Times.
Como resposta, na segunda-feira (11), a porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Morgan Ortagus, comentou em um tweet que não há planos para viajar a Taiwan nesta semana, mas que o país continuaria a apoiar a ilha.
Não há planos de viajar para Taiwan esta semana, mas continuaremos nosso apoio consistente a Taiwan como uma economia de mercado bem-sucedida, democracia vibrante e força para o bem no mundo.
Já Taiwan deu boas-vindas ao anúncio de Pompeo sobre a suspensão das restrições às interações entre o país norte-americano e a ilha asiática.
"As relações entre Taiwan e os EUA tornaram-se uma parceria global. O Ministério das Relações Exteriores não baixará a guarda e espera continuar a promover o desenvolvimento das relações entre Taiwan e os Estados Unidos", disse Joseph Wu, ministro das Relações Exteriores de Taiwan citado pela Reuters na segunda-feira (11).
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