11 de novembro de 2017

Implorando por uma ação nuclear norte coreana

Senador russo: EUA e Japão estão pedindo por uma resposta nuclear da Coreia do Norte

Lançamento de míssil balístico da Coreia do NorteOs exercícios militares planejados por Estados Unidos e Japão nas proximidades da Coreia do Norte provocarão uma resposta nuclear de Pyongyang, disse o chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação Russa, senador Viktor Bondarev.
"Os exercícios planejados pelos EUA e Japão, naturalmente, levarão a uma maior tensão na Península da Coreia", afirmou Bondarev, segundo o serviço de imprensa.
No entanto, ele opinou que "o julgamento deve superar agressões e ambições" e pediu que ambos os países "parem de provocar uma resposta nuclear da Coreia do Norte".
"Não é a primeira vez que os EUA e o Japão realizaram exercícios conjuntos, o último grande evento ocorreu em outubro passado", lembrou.
Bondarev também observou que esses países "muitas vezes atraem na qualidade de sócios os seus parceiros estratégicos 'testados' [Coreia do Sul] e países neutros como, por exemplo, a Índia".
O senador russo sublinhou ainda que uma guerra nuclear não tem vencedores e apenas perdedores.
"E os japoneses […] lembrando-se dos bombardeios de Hiroshima e Nagasaki devem defender a diminuição da tensão e não o aumento dela", disse Bondarev.
Os EUA e o Japão planejam realizar exercícios militares no Oceano Pacífico entre os dias 11 e 14 de novembro.
2.
Coreia do Norte teria avisado à Rússia que está pronta para um ataque nuclear aos EUA

Líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un durante o lançamento do míssil Hwasong-12 efetuado em 16 de setembro de 2017Na carta que a delegação norte-coreana apresentou na sessão da União Interparlamentar através chefe do Conselho da Federação da Rússia (Senado), Valentina Matvienko, para o presidente russo Vladimir Putin, Pyongyang diz preparada para realizar um ataque nuclear contra os Estados Unidos.
A liderança estadunidense em Washington foi informada sobre o conteúdo da carta, o que fez os EUA mudarem o posicionamento sobre a crise norte-coreana, disse à Sputnik uma fonte familiar às negociações diplomáticas.

Matvienko já tinha confirmado no início de outubro que recebeu uma carta da delegação norte-coreana dirigida ao presidente russo Vladimir Putin na Assembleia da União Interparlamentar.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse hoje mais cedo que desconhecia a existência de qualquer carta enviada pela liderança norte-coreana para Vladimir Putin.
Esforços pela paz
A notícia aparece dias depois de Vladimir Putin declarar em uma coletiva de imprensa que a Rússia e a China compartilham da mesma opinião sobre a crise na península coreana e fazer um apelo pelo diálogo. O presidente também disse que era essencial "primeiro interromper a retórica, interromper todas as manifestações de agressão de todos os lados e sentar-se na mesa de negociações eventualmente para encontrar uma solução para a crise do desdobramento".
A questão da Coreia do Norte está na agenda da visita do presidente dos EUA, Donald Trump, aos países asiáticos. Antes da turnê, que inclui países como Japão, Coreia do Sul, Filipinas, Vietnã e China, Trump disse que esperava que Vladimir Putin ajudasse a resolver a crise norte-coreana.

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