4 de julho de 2022

Oeste fecha fileiras para batalha com a Rússia: EUA-OTAN, G7 “implantam todas as suas armas” para manter o domínio mundial


 

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Duas cúpulas consecutivas, as do G7 e da OTAN, mostram que o Ocidente está empregando todas as suas armas – militares, políticas, econômicas – para manter o domínio que está perdendo em um mundo cada vez mais multipolar, como evidenciado pela crescente desenvolvimento do BRICS: a organização econômica que reúne Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, à qual Irã, Argentina e outros países querem se juntar.

Na Ucrânia, enquanto o G7 fornece a Kiev US$ 30 bilhões, a OTAN fornece quantidades crescentes de armas contra a Rússia. Mas o papel da OTAN não é só isso: funcionários do Pentágono, entrevistados pelo New York Times, confirmam pela primeira vez, com fatos precisos, que o comando e a gestão das operações militares na Ucrânia estão nas mãos do Pentágono e da OTAN.

A Cúpula da OTAN aprovou o novo Conceito Estratégico, que chama a Rússia de “a ameaça mais significativa à segurança dos Aliados” e afirma que “a competição estratégica está aumentando em todo o mundo”. No novo Conceito Estratégico, a OTAN fala explicitamente sobre a China pela primeira vez, declarando que “as políticas coercitivas da China desafiam nossos interesses, nossa segurança e nossos valores”.

Estamos diante de uma única estratégia de guerra que o Ocidente implementa da Europa ao Leste Asiático. Enquanto na Europa a OTAN sob comando dos EUA se expande de 30 para 32 países, incluindo Suécia e Finlândia, ainda mais perto da Rússia, na Ásia e no Pacífico cresce o destacamento militar dos EUA, apoiado principalmente pela Austrália e Japão. O maior exercício naval do mundo sob o comando dos EUA está ocorrendo no Pacífico contra a China.

Tudo isso custa dinheiro e somos sempre nós que pagamos. Segundo dados oficiais da OTAN, os gastos militares italianos sobem para cerca de 29 bilhões de euros em 2022, o equivalente a 80 milhões de euros por dia. O aumento mais acentuado ocorreu durante o período de bloqueio: de 21 bilhões em 2019, subiu para mais de 26 bilhões em 2020 e mais de 28 bilhões em 2021. A OTAN, no entanto, alerta: “Fazer mais custará mais”.

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