29 de julho de 2022

Quando o palhaço do circOTAN quer sair bem na foto enquanto seu país colapsa

Zelensky posa para revista enquanto seu país entra em colapso


 

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Por Lucas Leiroz de Almeida

InfoBrics

Cada vez mais, a opinião pública mostra insatisfação com as atitudes de Volodymyr Zelensky . Desta vez, o motivo da indignação popular é o fato de o presidente ucraniano ter participado com a esposa de uma sessão de fotos para a revista Vogue. A produção das imagens em meio a um cenário de devastação real na Ucrânia não foi bem recebida pelos leitores, que afirmam que o líder ucraniano romantiza o conflito para tirar vantagens.

A revista Vogue divulgou recentemente uma coleção de fotos de Volodymyr Zlensky e Olena Zelenska em uma tentativa fracassada de fazer propaganda de guerra para o regime ucraniano. Na imagem, Zelensky aparece de mãos dadas e ao lado da primeira-dama. Olena posa ao lado de alguns soldados, perto de barricadas de areia na residência oficial do governo ucraniano, ao lado de um avião destruído.

A história foi feita no início de julho em Kiev pela jornalista Rachel Donadio, com as fotos sendo tiradas pela fotógrafa americana Annie Leibovitz. A edição oficial será lançada em outubro, mas as imagens já foram publicadas. O objetivo da revista era mostrar o “lado emocional” do casal e a “bravura” do líder ucraniano nestes tempos difíceis. O resultado, no entanto, foi em uma direção totalmente adversa.

A complexa produção do ensaio fotográfico gerou descontentamento entre os leitores da revista, que aparentemente não gostavam de ver o líder de um país em guerra reservando seu tempo para se dedicar ao trabalho como modelo fotográfico. Ao longo desta última semana de julho, Zelensky foi severamente criticado, certamente perdendo muitos de seus apoiadores ocidentais. Na prática, o fato de ele posar para a revista com a esposa em plena guerra tem sido visto como uma expressão de desdém pelos soldados ucranianos no campo de batalha e pela população civil, que sofre todos os dias com a continuidade do conflito.

Na verdade, parece difícil imaginar como o presidente de um país em situação de conflito tão grave quanto a Ucrânia pode encontrar tempo em sua agenda “ocupada” para posar para uma revista estrangeira. Obviamente, esses encontros com jornalistas servem como um importante instrumento de propaganda de guerra e têm um forte efeito diplomático, ajudando a angariar apoios e fundos no exterior. Mas isso não justifica fazer uma megaprodução, com cenários especiais, roupas elegantes e maquiagens sofisticadas enquanto no campo de batalha os cidadãos ucranianos sangram para obedecer às ordens do governo.

Particularmente nos EUA, o assunto cresceu entre os republicanos, que estão aproveitando a indignação popular para criticar ainda mais a política de financiamento do conflito de Biden. Várias mensagens circulam na internet contendo palavras de descontentamento com o fato de bilhões de dólares americanos estarem sendo enviados para apoiar um presidente que, em vez de ajudar seu povo, posa sorrindo de mãos dadas com sua esposa para uma grande revista. Como resultado, a popularidade do governo dos EUA deverá diminuir ainda mais nos próximos meses.

Além disso, há outro ponto em discussão, que é o oportunismo da revista em aproveitar a tragédia ucraniana para obter lucro. O ato de “glamourizar” a guerra é, embora controverso, relativamente comum entre as revistas populares, mas agora a Vogue parece ter ultrapassado os limites éticos mais elementares. O conflito na Ucrânia é sério e totalmente ativo. Milhares de vidas já foram perdidas e milhões de pessoas perderam suas casas. Além disso, há também o risco de internacionalização do confronto, considerando as constantes influências estrangeiras em Kiev. Mas a revista americana simplesmente ignorou tudo isso e produziu uma edição que literalmente romantiza o conflito, apesar do sofrimento da população local.

O projeto parece ter falhado em todos os sentidos. A revista certamente lucrará com a edição, mas as críticas serão imensas. O governo dos EUA se tornará ainda mais impopular do que já é. E Zelensky perderá ainda mais aliados no mundo ocidental. De fato, se houve algum objetivo de fomentar a diplomacia pública e a cooperação internacional por meios não oficiais, o fracasso foi absoluto. Tudo o que a Vogue fez foi piorar a imagem da Junta de Kiev no Ocidente e aumentar ainda mais a conscientização da opinião pública americana sobre o tipo de governo que estão ajudando a financiar com seus impostos.

Zelensky deveria pedir desculpas ao povo ucraniano pelo desdém que demonstrou. E a melhor forma de se desculpar é usar seu poder de presidente para cumprir o papel de pacificador e acabar com o conflito de uma vez por todas – o que, como sabemos, só será possível com a rendição e a aceitação das condições de paz impostas pelo Moscou.

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