26 de março de 2018

Cataluña

Mais de 80 feridos em confrontos violentos em toda a Catalunha após a prisão do ex-líder Puigdemont (VÍDEOS)

Hora publicada: 26 Mar, 2018 00:58

Horário de edição: 26 mar, 2018 06:37


Mais de 80 pessoas ficaram feridas em confrontos com a polícia de choque em Barcelona e em outros lugares da Catalunha, enquanto manifestantes irados denunciaram a prisão do ex-líder separatista Carles Puigdemont, na Alemanha, no domingo.
Armados com cassetetes, policiais da tropa de choque se enfrentaram a uma multidão enfurecida ao tentar impedir que os manifestantes marchassem no escritório do representante do governo central espanhol em Barcelona.
A polícia supostamente disparou tiros de advertência e espancou os manifestantes enquanto ovos, latas e garrafas de vidro eram jogados da multidão para os policiais.

Pelo menos 79 pessoas - incluindo 13 oficiais - ficaram feridas em confrontos, de acordo com os serviços de emergência da capital catalã, informou a AFP. Além disso, mais oito pessoas teriam sido feridas em brigas separadas com autoridades durante manifestações pró-Puigdemont em outros lugares.
Enquanto isso, em Girona, centenas de catalães fizeram um protesto em massa em frente à subdelegação do governo, com uma faixa dizendo "liberdade". Mais tarde, os manifestantes bloquearam parte de uma rodovia, supostamente provocando pequenas brigas com motoristas de carros.
A violência forçou o presidente do parlamento catalão, Roger Torrent, a ir para a televisão regional e apelar ao público por calma. "Não tenho dúvidas de que a sociedade catalã atuará como sempre, com a não-violência", disse ele.
Um mandado de prisão europeu para Puigdemont e vários de seus assessores foi emitido pelo Supremo Tribunal espanhol na última sexta-feira. No domingo, Puigdemont acabou detido, depois de atravessar a fronteira alemã com a Dinamarca e depois de ter escapado por pouco da prisão na Finlândia.

Puigdemont é acusado de rebelião e sedição, depois de liderar um referendo pró-independência considerado ilegal por Madri no final do ano passado. Alguns de seus colegas, que ajudaram a organizar a votação, passaram um tempo na cadeia e agora estão sendo julgados. O próprio Puigdemont enfrenta 25 anos de prisão.

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