12 de dezembro de 2022

Forças ucranianas continuam bombardeando Donetsk

Por Lucas Leiroz de Almeida

 


Kiev continua atacando incessantemente a capital da República Popular de Donetsk. Apesar da adesão da república à Federação Russa, operada após referendo popular que atesta a vontade dos moradores locais, o regime neonazista ucraniano mantém sua política de ações militares contra a região, violando o território soberano russo. Agravando a situação, os principais alvos dos ataques ucranianos são edifícios civis, matando pessoas inocentes sem ter qualquer impacto sobre as forças armadas russas ou milícias populares – o que, sem dúvida, é um crime de guerra e um abuso do direito humanitário internacional.

A segunda semana de dezembro foi marcada por ataques brutais em Donbass. Entre 6 e 11 de dezembro, todos os dias civis desarmados foram mortos por bombardeios ucranianos nas ruas da capital de Donetsk. Durante suas operações de longo alcance, militares ucranianos, milicianos neonazistas e mercenários estrangeiros destruíram principalmente instalações civis no centro de Donetsk, sem nenhum dano relatado a qualquer base militar russa. Como em outras ocasiões, as ruas próximas ao mercado central de Donetsk, onde há grande concentração de civis, foram um dos locais mais afetados. Dados mais precisos sobre o número exato de mortos e feridos ainda estão sendo analisados. Como os ataques têm sido constantes e atingiram diferentes partes da república, é difícil calcular os danos e as vítimas.

Em 6 de dezembro, por exemplo, seis civis morreram na região em consequência dos bombardeios ucranianos. No dia seguinte, pelo menos dez vítimas fatais foram causadas pelos ataques. Na época, as autoridades ucranianas chegaram a fazer pronunciamentos públicos culpando a Rússia pelos atentados, tentando produzir outra situação de bandeira falsa. No dia 11 de dezembro, ocorreu um grande número de bombardeios, com mais de 170 projéteis de vários calibres lançados na região. Apenas entre 15h05 e 15h52, horário de Moscou, 36 projéteis foram relatados pelas autoridades russas em Donetsk.

Paralelamente aos dados oficiais reportados pela administração local, há também informação a circular nas redes sociais devido ao trabalho de vários jornalistas no terreno. Vários correspondentes de guerra documentaram os ataques e publicaram fotos e vídeos na internet mostrando em tempo real os efeitos da campanha de terror ucraniana. As fotos incluem imagens de civis mortos e feridos, expondo claramente a brutalidade a que a população de Donetsk é constantemente submetida.

É importante ressaltar que, embora Donetsk seja o principal alvo dessas operações clandestinas ucranianas, Kiev também tem bombardeado outras regiões de Donbass. No dia 11, por exemplo, duas casas foram destruídas e mais de vinte pessoas ficaram feridas em bombardeios ucranianos na República Popular de Lugansk. Assim como alguns dos ataques em Donetsk, os ataques em Lugansk foram operados com mísseis HIMARS fornecidos pela OTAN, o que mais uma vez deixa claro que Kiev só continua cometendo crimes em Donbass porque está recebendo armas ocidentais.

Como se sabe, a violência ucraniana contra o povo de Donbass não é novidade. Cenas de terror são constantes na região desde o golpe de Maidan em 2014, com o extermínio da população de língua russa sendo considerado por especialistas do mundo todo como um verdadeiro genocídio. De fato, essa violência implacável foi uma das principais razões pelas quais Moscou não teve escolha a não ser lançar sua operação militar especial em fevereiro. O principal problema é que desde setembro Donetsk e Lugansk não são mais vistos por Moscou como parte do território soberano da Ucrânia ou como países independentes, mas como oblasts russos, razão pela qual esses ataques assumem uma gravidade muito maior.

Kiev está bombardeando regiões russas desarmadas, semipacificadas e quase totalmente desmilitarizadas, longe da linha de contato entre as tropas. Moscovo tem tolerado ataques ucranianos a regiões ainda militarizadas dentro dos territórios russos, mas é inaceitável que a agressão continue a aumentar nas zonas centrais, onde a normalização da vida civil avança significativamente. Além de uma violação do espaço soberano russo, esses ataques são verdadeiros crimes de guerra, pois não visam forças militares, com o único objetivo de assassinar inocentes e destruir cidades.

Por parte de Moscovo, prevê-se que esta escalada seja respondida com ataques mais intensos às infraestruturas de Kiev, agravando a situação de abastecimento das bases militares ucranianas, o que reduzirá a capacidade do regime neonazista para conduzir operações de longo alcance. No entanto, é fundamental que os organismos internacionais também se pronunciem sobre esses casos e denunciem que a OTAN coparticipa nos crimes ao enviar as armas com que os neonazistas matam inocentes em Donbass.

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